Imortalidade
Tal como ele próprio, este pensamento é utópico, até será desejado por muitos, mas alguém como eu, que já perdeu pessoas importantes, nesta situação que o Woody Allen diz que o melhor é evitar, sei que não o podemos fazer. Por isso em nada concordo. Não sei se já alguma vez leram o livro de Milan Kundera “A Imortalidade”? Mas é disso que ele fala, na preocupação de deixar qualquer coisa de importante, nem que seja só para uma pessoa, para ter a sua imortalidade. Eu sou a imortalidade de alguém, através de mim alguém não deixará de existir totalmente, pois eu continuarei a recordar os seus feitos, a transmitir o seu conhecimento, a falar simplesmente dela como ser humano. É costume dizer que é a única coisa certa, por isso enquanto cá estamos em carne e osso, podemos tentar deixar um marco para que se recordem de nós. Um filho, uma atitude perante a vida, uma obra, um mero sorriso para um desconhecido, um simples carinho!!!
A ti mãe, asseguro-te que tens a tua imortalidade enquanto depender de mim, pelos meus actos, pelas minhas palavras, pelas minhas recordações. E eu vou continuar a viver intensamente, tentando deixar a minha imortalidade espalhada ... Tenham uma Boa Vida!!!
Deixo um beijinho.
(tenho a certeza que os meus netos vão ficar bem entregues!)